- Fazer um levantamento da situação actual aos nível dos fluxos monetários mensais - entradas e saídas de dinheiro - por tipo e montante.
- Classificar os gastos em diversos tipos, origens, etc. Por exemplo:
- Pelo seu comportamento: fixos ou variáveis. Entende-se por gastos fixos os gastos que não variam muito de mês para mês ou que não variam em função da utilização: renda/prestação da casa, seguros. Poderão ser também incluídos nesta classificação os gastos com electricidade, telefone, telemóvel, internet que, apesar de variarem em função da utilização, espera-se um montante regular para uma utilização racional. Por gastos variáveis entendem-se todos os gastos que não são fixos. Esta classificação não é estanque: um determinado gasto pode ser fixo para uma pessoa e variável para outra (e.g. a compra do jornal: dependerá se a compra tem um carácter regular ou exporádico)
- Pelo seu indutor: casa, carro, despensa, etc.
- Pelo tipo: nos gastos da casa, podemos ter água, luz, renda, prestação, condomínio. No carro, são exemplos, gasóleo, reparações, IPO, seguros.
- Pela sua prioridade/indispensabilidade: Indispensáveis, dispensáveis, extremamente dispensáveis. Este aspecto, como se perceberá, terá o maior nível de subjectividade
- Determinar os montantes adequados a cada rubrica de rendimentos e gastos previsíveis. Um bom princípio é ser prudente: em caso de dúvidas, é aconselhável sobrestimar os gastos e subestimar os rendimentos. Devemos ter particular atenção aos gastos que não ocorrem todos os meses como seguros, impostos e considerar uma provisão para o pagamento dessas despesas.
- Determinar o resultado do orçamento: a poupança previsível que corresponderá à diferença entre os rendimentos e os gastos mensais. Se o resultado for negativo tal significa que estamos a gastar mais do que ganhamos, o que implicará a tomada de medidas para inverter a situação. Neste aspecto a classificação de gastos por prioridade/indispensabilidade poderá ser uma boa ajuda, bem como a classificação por comportamento
A utilização de folhas de cálculo, como o Excel ou Openoffice permite uma liberdade e flexibilidade acrescida na elaboração do orçamento, além de permitir, facilmente, realizar simulações da poupança por variação de algum dos factores determinantes da mesma (rendimentos e os diversos tipos de gastos).