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segunda-feira, 30 de abril de 2012

O ciclo PDCA

Quando penso na gestão de uma organização, recordo-me sempre da primeira vez que ouvi esta sigla, numa aula de Contabilidade de Gestão: PDCA. O que significa?

PDCA é o acrónimo das palavras Plan, Do, Check, Act (em português: planear, implementar, controlar e agir). É um processo facilmente aplicável a todos os níveis de gestão (quer à gestão estratégica, quer à gestão operacional, à gestão financeira ou à gestão da qualidade), na medida em que aplica e interage os diversos conceitos de tempo:

  • Planear implica fazer uma análise do passado, das tendências que se podem inferir, da análise da situação actual e, daí, lançar as metas para o futuro e definir as acções a implementar de forma a alcançar essas metas.
  • Implementar consiste em aplicar diariamente as acções delineadas de forma a atingir as metas propostas.
  • Controlar é uma tarefa que permite avaliar se a implementação das acções está a conduzir à concretização das metas estabelecidas e qual o hiato relativamente às mesmas.
  • Agir implica actuar de forma a:
    • Encetar medidas de forma a corrigir os desvios entre o planeado e o resultado da execução ou,
    • Se necessário, redefinir metas se estas se mostram irrealistas.
              Agir é, no fundo, avaliar o resultado do passado e reformular o futuro.

Estes processos constituem um ciclo, na medida a que a um processo se sucede o outro, numa perspectiva de melhoria contínua.

Será nestes moldes que os artigos seguintes se enquadrarão, ou seja, cada artigo irá incluir uma etiqueta para melhor identificar a que parte do ciclo respeita

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Lucro e Poupança

O que é o lucro?


No mundo empresarial, a medida mais utilizada e mais imediata para avaliar o desempenho, ou seja, qual a riqueza criada num determinado tempo é o resultado (ou lucro). Frequentemente, ouvimos notícias de empresas (principalmente as empresas cotadas em bolsa) a anunciarem os seus resultados. Por resultado/lucro entende-se todos os rendimentos que a empresa teve deduzidos de todos os gastos que teve.

De uma forma resumida, se uma empresa vendeu 100€, gastou 50€ na compra das mercadorias, pagou 15€ de salários e 10€ de serviços a outras entidades (electricidade, água, telefones, etc.), podemos dizer que teve um lucro de 25€. O que significa que os accionistas/sócios dessa empresa aumentaram a sua riqueza em 25€.

E na casa?


No contexto doméstico a realidade não é muito diferente. Entende-se por poupança a parte dos rendimentos que não é gasta e que aumenta o património da pessoa/família para ser usada futuramente.
Por rendimentos consideramos todas as fontes de receita que uma família/pessoa têm: salários, juros, dividendos, mais-valias, prémios (para os mais sortudos), subsídios (para os menos afortunados). Já no lado  dos gastos temos uma infindável lista que varia conforme a situação, mas que pode conter, nomeadamente, aliementação, vestuário, renda/prestação da casa, água, luz, telefone, condomínio, impostos, combustíveis, reparações, férias, etc.

Assim, se tivermos rendimentos de 100€ e o somatório de todos os gastos for 80€, a poupança foi 20€.

Como podemos aumentar a poupança?

Somos frequentemente confrontados com apelos governamentais para a poupança (inclusivamente com benefícios fiscais durante alguns anos à celebre figura dos PPR), com campanhas publicitárias dos bancos para poupar (curioso comportamento de quem, durante anos, estimulou o consumo) e para "ajudar a aumentar" a poupança (sobre isto, surgirão outros tópicos), mas a verdade existem apenas duas variáveis no fenómeno da poupança:  receitas e custos. Apenas as seguintes conjugações podem aumentar a poupança:

  1. Aumentar as receitas e manter/diminuir custos
  2. Manter as receitas e diminuir custos
  3. Aumentar as receitas e aumentar os custos, mas não tanto como as receitas (fenómeno conhecido como alavancagem)
  4. Diminuir as receitas e diminuir, num montante maior, os custos
Qualquer produto de marketing que não passe por uma adopção pessoal de uma das seguintes estratégias supra citadas nunca poderá, por si só, aumentar a poupança de uma pessoa.

Uma iniciativa louvável...

Portugal não se pode dar ao lixo

Em alturas de grandes dificuldades, muita gente pode ser ajudada com esta iniciativa. O que poderia acabar no lixo, ainda pode matar a fome a muita gente.

Reportagem na TVI
Reportagem no Público

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Desmitificando...

Poucas coisas são certas na vida... finanças pessoais e da casa, certamente, não são uma delas.
Tudo depende de factores diversos como perspectivas pessoais e do casal (se for o caso) a curto e longo prazo, da educação de cada um, das experiências vividas (verdadeiros drivers da motivação pessoal e colectiva e dos comportamentos), do montante e natureza de rendimentos e dos montante e estrutura dos custos.

Não tenho como presunção dar receitas milagrosas, pretendo apenas partilhar alguns pensamentos e notícias que vão surgindo, esperando que cada um, na sua vivência, possa, conscientemente, tomar as melhores decisões, de uma forma informada. Aumentar a literacia financeira básica num contexto de crise e com isso ajudar pessoas torna-se, do meu ponto de vista, importante (ainda que noutros contextos também não seja descurável) e, quiçá, digna de um blog.